Principais indicadores de performance para gestão de frotas (KPIs)
Saiba quais métricas importam, como medi-las e usá-las para reduzir custos, aumentar segurança e acelerar resultados.
Você não pode melhorar o que não mede. Essa máxima, simples e direta, resume o que diferencia uma gestão de frotas eficiente de uma gestão intuitiva.
No mundo corporativo, onde cada quilômetro representa custo, produtividade e segurança, ter indicadores de performance (KPIs) é o que garante previsibilidade e controle sobre os resultados, mostrando muito mais do que números, mas também padrões, falhas e oportunidades.
Este guia reúne os principais indicadores de performance — financeiros, operacionais, de segurança, sustentabilidade e produtividade — e mostra como aplicá-los de maneira inteligente na sua gestão de frotas.
O que são KPIs e por que são cruciais na gestão de frotas
Quando uma métrica mede o desempenho de algo essencial para o sucesso de um processo, chamamos de KPI, ou indicador-chave de performance.
Na gestão de frotas, são indicadores que traduzem o comportamento da frota em números e permitem mensurar a eficiência operacional, financeira e ambiental, sendo fundamentais porque:
- Mostram onde estão os custos ocultos;
- Ajudam a comparar desempenho entre veículos, motoristas e períodos;
- Fundamentam decisões de renovação, manutenção e investimento;
- Permitem transformar a frota em um ativo estratégico, e não apenas um custo.
Sem KPIs, o gestor reage aos problemas. Com KPIs, ele antecipa os problemas.
Indicadores operacionais vs. estratégicos
Nem todos os indicadores têm o mesmo propósito. Eles podem ser divididos em dois grandes grupos: operacionais e estratégicos, sendo o equilíbrio entre eles o que define o sucesso da gestão de frotas. Conheça cada um.
Indicadores operacionais
Os KPIs operacionais acompanham o dia a dia da frota: rotas, consumo, manutenção e comportamento do condutor. Eles são táticos, de curto prazo, e servem para ajustar a operação em tempo real. Exemplos:
- Consumo médio de combustível por veículo;
- Horas de uso diário;
- Índice de disponibilidade;
- Paradas não programadas;
- Multas e infrações.
Esses dados alimentam dashboards que mostram onde o dinheiro está sendo gasto e onde há desperdício. A Reche Frotas utiliza telemetria para capturar essas informações automaticamente, sem depender de relatórios manuais.
Indicadores estratégicos
Já os KPIs estratégicos têm foco no longo prazo. Eles mostram se a frota está contribuindo para o resultado do negócio, e não apenas se está operando bem. Exemplos:
- Custo Total de Propriedade (TCO);
- Retorno sobre o Investimento (ROI);
- Emissões médias de CO₂;
- Taxa de renovação da frota;
- Custo por quilômetro rodado consolidado.
Enquanto os KPIs operacionais ajudam a manter o motor girando, os estratégicos garantem que a direção está certa.
Na Reche Frotas, ambos se complementam dentro da gestão ponta a ponta, formando um painel de controle unificado que combina eficiência operacional e visão executiva.
KPIs financeiros essenciais na gestão de frotas
Os indicadores financeiros são o coração da gestão de frotas. Eles mostram o quanto custa manter a frota e quanto ela retorna em produtividade e economia.
Monitorá-los é essencial para equilibrar rentabilidade e liquidez. Confira 3 principais:
Custo por quilômetro rodado (R$/km)
Esse é o KPI mais básico e, ao mesmo tempo, um dos mais reveladores. Ele indica quanto custa cada quilômetro percorrido pela frota, sempre considerando combustível, manutenção, seguro, impostos e até depreciação.
Fórmula:
Custo total da frota ÷ quilometragem total percorrida = Custo por km
Um valor alto indica gargalos, como motoristas com condução agressiva ou manutenção reativa. Por isso, o objetivo é reduzi-lo sempre de maneira consciente.
Custo por quilômetro rodado (R$/km)
Esse é o KPI mais básico e, ao mesmo tempo, um dos mais reveladores. Ele indica quanto custa cada quilômetro percorrido pela frota, sempre considerando combustível, manutenção, seguro, impostos e até depreciação.
Compra ou locação dos veículos;
Combustível e manutenção;
Documentação e seguros;
Desvalorização e revenda;
Custos administrativos e de gestão.
Empresas que calculam o TCO de forma completa descobrem que o custo real é até 40% maior que o estimado. Ao terceirizar a frota, esse custo se transforma em OPEX (despesa operacional), o que dá previsibilidade e melhora o fluxo de caixa.
ROI da frota
O Retorno sobre o Investimento (ROI) mostra se a frota gera valor ou apenas consome recursos, sendo base para análise de melhorias e otimizações.
Fórmula:
(Benefícios financeiros obtidos – custos da frota) ÷ custos da frota
Um ROI positivo significa que a operação é eficiente. Quando o ROI é negativo, a frota está pesando mais do que rendendo. Para equilibrar esse indicador, é possível adotar estratégias como:
Substituição de veículos de alto custo por modelos mais econômicos;
Padronização de categorias;
Controle de uso e rotatividade planejada;
Terceirização da frota.
KPIs de manutenção e disponibilidade
Manter uma frota parada custa caro. Por isso, medir a disponibilidade operacional é fundamental para otimizar o fluxo da operação. Os principais KPIs dessa categoria são:
Índice de disponibilidade (%)
Quanto tempo a frota está apta para uso.
Custo médio de manutenção
Quanto cada veículo consome em peças e serviços.
Frequência de manutenções corretivas
Indica se há falhas no plano preventivo, com mais manutenções corretivas.
Empresas que adotam gestão preventiva reduzem custos em até 25% e mantêm disponibilidade acima de 90%.
KPIs de utilização e produtividade
Medir a utilização da frota é entender se os recursos estão sendo usados com eficiência. Frotas subutilizadas representam capital parado; já frotas sobrecarregadas, alto desgaste e risco de falha.
Taxa de ocupação
Mede a proporção entre a capacidade total e o uso real da frota, para identificar a capacidade e o gap produtivo.
Fórmula:
(Horas ou km usados ÷ capacidade total disponível) × 100 = Taxa de ocupação
Um bom parâmetro é manter entre 70% e 90% de uso. Abaixo disso há ociosidade; acima, sobrecarga.
Quilometragem média por veículo
A quilometragem média por veículo é um dos indicadores mais diretos e reveladores sobre o nível de utilização da frota. Ela mostra quanto cada veículo percorre em determinado período (semana, mês ou ano) e permite comparar o desempenho individual com a média geral, detectando subutilização, uso excessivo e até desequilíbrio operacional entre regiões, unidades ou condutores.
Por que esse indicador importa
Subutilização
Veículos rodando pouco representam capital parado e custos fixos que não se justificam.
Distribuição desigual
Quando parte da frota é sobrecarregada e outra ociosa, há ineficiência logística e desperdício de recursos.
Superutilização
Veículos que rodam demais acumulam desgaste, aumentam o custo de manutenção e o risco de paradas não planejadas.
Fórmula:
Km total percorrida pela frota ÷ N° de veículos operacionais = Km média por veículo
Exemplo prático: se uma frota de 50 veículos rodou 300.000 km em um mês, a quilometragem média é de: 300.000 ÷ 50 = 6.000 km/veículo/mês
De modo geral, empresas de transporte urbano ou de serviços rodoviários leves costumam operar com média entre 4.000 e 7.000 km/mês por veículo. Já frotas pesadas (logística e transporte de carga) ultrapassam 8.000 a 10.000 km/mês, e qualquer desvio relevante desses parâmetros deve acender um alerta.
Horas efetivas de uso
O KPI de horas efetivas de uso mede quanto tempo um veículo está realmente em operação produtiva, em comparação com o tempo total em que está disponível. É um dos indicadores mais importantes para medir eficiência operacional e aproveitamento de recursos.
Acompanhar as horas efetivas permite:
Evitar ociosidade
Veículos parados significam capital imobilizado sem retorno;
Prever gargalos operacionais
Veículos com excesso de uso indicam sobrecarga e risco de falhas mecânicas;
Planejar manutenção e substituição
Ao entender o padrão de uso, é possível alinhar o ciclo de renovação e revisar contratos.
Fórmula:
(Horas em operação ÷ Horas disponíveis) × 100 = Horas efetivas de uso (%)
Exemplo prático: se um veículo esteve disponível por 200 horas no mês e foi usado por 150 horas, o cálculo é de (150 ÷ 200) × 100 = 75%. Isso significa que o veículo foi produtivo 75% do tempo em que estava disponível.
Resultados abaixo de 60% indicam ociosidade e possível excesso de frota. Já resultados entre 60% e 85% mostram uma zona de eficiência saudável, sem sobrecarga. E porcentagens acima de 85% pedem atenção ao uso intenso, o que pode gerar desgaste, aumento de manutenção e menor vida útil.
KPIs de segurança e conformidade
A segurança é mais que uma obrigação: é um indicador de sustentabilidade e imagem corporativa. Cada acidente evitado é economia direta e preservação de vidas.
Taxa de acidentes e incidentes críticos
A taxa de acidentes é o principal KPI de segurança em gestão de frotas. Ela mede a frequência de acidentes ou incidentes por quilometragem percorrida e serve como base para avaliar riscos operacionais, custos de seguro e cultura de segurança, tendo padrão de número de acidentes a cada 100 mil km.
Fórmula:
(N° de acidentes ÷ Km total percorrida) × 100.000 = Taxa de acidentes
Exemplo prático: se uma frota percorreu 2 milhões de km em um ano e registrou 30 acidentes, o cálculo é de (30 ÷ 2.000.000) × 100.000 = 1,5 acidentes por 100 mil km.
Analisando os resultados, se a frota teve até 1 acidente a cada 100 mil km, a gestão preventiva tem sido excelente. Já entre 1 e 3 acidentes, é possível indicar que a frota está dentro da média de mercado, mas requer atenção a rotas e comportamento. Acima de 3 acidentes indica falhas graves na cultura de segurança. Assim, a taxa de acidentes deixa de ser apenas uma métrica e se transforma em um indicador de maturidade operacional e responsabilidade corporativa.
Infrações por 10 mil km
O KPI de infrações por 10 mil km mede a quantidade de multas e penalidades de trânsito em relação à quilometragem total percorrida pela frota. É um indicador direto do comportamento dos condutores e tem forte correlação com o consumo de combustível, desgaste de peças e risco de sinistros.
Fórmula:
(N° total de infrações ÷ Km total percorrida) × 10.000 = Infrações por 10 mil km
Exemplo prático: se a frota percorreu 800.000 km e recebeu 160 multas, o cálculo é de (160 ÷ 800.000) × 10.000 = 2 multas por 10 mil km.
Analisando os resultados, se as infrações estiverem abaixo de 1 a cada 100 mil km, o comportamento é excelente. Entre 1 e 3 multas, é possível indicar que a frota é aceitável, mas requer reforço de treinamento. Acima de 3 infrações, temos alto risco, com possível indisciplina ou falhas de cultura. Além do custo direto das multas, há o custo indireto: aumento no prêmio de seguros, desgaste de freios e pneus, e perda de produtividade com veículos retidos.
Treinamentos e aderências a políticas
Acompanhar a participação dos motoristas em programas de direção defensiva e condução econômica é fundamental. Empresas que mantêm treinamentos semestrais reduzem sinistros em até 40%, segundo a Teletrac Navman.
Esse indicador, combinado com telemetria e coaching personalizado para orientar condutores, impacta diretamente nos KPIs anteriores, reduzindo multas, consumo e riscos.
KPIs de sustentabilidade (ESG)
Sustentabilidade deixou de ser diferencial: é exigência de mercado. Empresas com frota corporativa precisam medir seu impacto ambiental, e os KPIs ESG traduzem isso em números.
Emissões de CO₂
As emissões de dióxido de carbono (CO₂) são um indicador essencial do desempenho ambiental da frota e fazem parte dos relatórios ESG (Environmental, Social and Governance). Esse KPI mostra o impacto da operação em termos de gases de efeito estufa e ajuda empresas a cumprir metas sustentáveis.
Fórmula:
Consumo total (litros) × Fator de emissão (kg CO₂/litro) = Emissões de CO₂ (kg)
Exemplo prático: se uma frota consumiu 10.000 litros de diesel, o cálculo é de 10.000 × 3,17 = 31.700 kg (31,7 toneladas) de CO₂ emitidos.
O cálculo é baseado no consumo de combustível e no fator de emissão correspondente a cada tipo de combustível.Para efeito comparativo, os fatores médios são:
Combustível
Gasolina
Diesel
Etanol
GNV
Emissão (kg CO₂/litro)
2,69
3,17
1,50
2,30
Empresas que aplicam eco-driving e telemetria reduzem emissões em até 20%, segundo o European Transport Efficiency Council (ETEC, 2023).
Consumo médio de combustível
Esse é o indicador mais sensível ao comportamento do motorista e à eficiência da frota. Ele mede quantos quilômetros a frota percorre por litro consumido e está diretamente ligado ao custo operacional e às emissões ambientais.
Fórmula:
Km total percorrida ÷ Combustível total consumido (litros) = Consumo médio (km/l)
Exemplo prático: se a frota percorreu 200.000 km e consumiu 20.000 litros de combustível nesse período, o cálculo é de 200.000 ÷ 20.000 = 10 km/l.
Se o resultado for abaixo de 7 km/l, o desempenho é considerado ruim, com excesso de marcha lenta, rotas longas ou manutenção deficiente. Entre 8 e 11 km/l, o consumo está dentro da média de eficiência para frotas leves urbanas. Já acima de 12 km/l, o desempenho é excelente, com operação otimizada, motoristas treinados e manutenção preventiva em dia.
De acordo com o relatório Teletrac Navman Global Insights (2024), empresas que implementam monitoramento de consumo e programas de direção eficiente conseguem reduzir 10% a 25% do gasto total com combustível.
Índice de direção eficiente (eco-driving)
Esse índice mede como o motorista conduz o veículo em relação às boas práticas de direção econômica e segura. Ele é um indicador de sustentabilidade, segurança e eficiência operacional que, na prática, conecta comportamento humano com resultados financeiros e ambientais.
Objetivo:
Reduzir consumo de combustível;
Diminuir emissões de CO₂;
Prolongar a vida útil de pneus, freios e motor;
Aumentar a segurança e reduzir sinistros.
A meta é manter acima de 80% de aderência, o que melhora consumo e reduz emissões.
Coleta e qualidade dos dados: da telemetria ao dashboard
A qualidade dos dados é o que garante a credibilidade dos KPIs. Indicadores ruins vêm de dados ruins, por isso, é importante que a coleta seja automatizada e auditável. Na Reche Frotas, os dados são capturados via telemetria, passando por validão e consolidação em dashboards que mostram, em tempo real:
Quilometragem e consumo por veículo;
Eventos críticos;
Custos médios de manutenção;
Emissões;
Disponibilidade.
Por que isso importa? Porque sem dados limpos, os relatórios perdem valor, colocando a gestão em xeque ao tomar decisões baseadas em dados equivocados.
Telemetria como motor de KPIs
A telemetria é a espinha dorsal da gestão de frotas moderna. Ela conecta cada veículo à central de gestão e transforma dados de uso em inteligência operacional.
O que a telemetria registra?
Velocidade e aceleração
Identifica os estilos de condução das frotas.
Tempo em marcha lenta
Aponta desperdícios de combustível.
Frenagens bruscas
Indicam riscos de colisão.
Rotas percorridas
Ajudam a otimizar os trajetos.
Alertas mecânicos
Evitam falhas e paradas inesperadas.
Registrar essas informações é essencial para a análise de um gestor de frotas porque:
- Cria histórico técnico completo de cada veículo;
- Permite análises preditivas (identificar falhas antes que aconteçam);
- Garante transparência e auditoria em caso de sinistros;
- Ajuda a treinar motoristas com base em evidências.
Todos os dados coletados alimentam o sistema central, que consolida indicadores e permite decisões imediatas com base em fatos.
KPIs: frota própria vs. frota terceirizada
A telemetria é a espinha dorsal da gestão de frotas moderna. Ela conecta cada veículo à central de gestão e transforma dados de uso em inteligência operacional.
Aspecto
Tipo de custo
Indicadores principais
Riscos
Controle de dados
Renovação
Frota própria
CAPEX (imobilizado)
Consumo, manutenção e depreciação
Altos e imprevisíveis
Manual e descentralizado
Irregular
Frota terceirizada
OPEX (despesa previsível)
SLA, custo mensal fixo e disponibilidade
Não se aplica
Automatizado via telemetria
Planejada e constante
Benchmarking e regras realistas
Comparar KPIs sem referência é como estar em uma corrida e correr sem observar onde estão os adversários. O benchmarking define parâmetros para saber se o desempenho da frota é bom, médio ou ruim.
Confira alguns exemplos de benchmarking do setor pra frotas de veículos leves:
Indicador
Custo por Km
Disponibilidade operacional
Consumo médio
Ocorrências de sinistros
Emissões médias
Referência de mercado
R$ 1,80 a R$ 2,20
Acima de 90%
8 a 12 km/l (etanol/gasolina)
Até 2 a cada 100 mil km
< 2,7 kg/ CO₂/km
Erros comuns ao escolher indicadores
Escolher os KPIs certos é tão importante quanto saber medi-los. Um erro comum nas empresas é acreditar que basta monitorar dezenas de métricas para ter uma gestão eficiente. Na prática, o excesso de dados, ou a escolha equivocada deles, gera o efeito contrário: paralisação e perda de foco.
A seguir, veja os erros mais frequentes na definição de indicadores e como evitá-los na gestão de frotas corporativas.
Medir tudo e não mensurar nada
Muitos gestores caem na armadilha de querer monitorar “tudo o que é possível”, acreditando que mais dados significam mais controle. O resultado é o oposto: dashboards confusos, relatórios extensos e nenhuma clareza sobre o que realmente precisa ser feito.
Por exemplo, acompanhar 12 tipos de consumo de combustível pode ser menos útil do que focar em apenas dois indicadores bem construídos:
- Consumo médio por veículo (km/L)
- Variação de consumo por categoria ou modelo;
Não é a quantidade de indicadores que gera eficiência, é a qualidade e a capacidade de ação que eles proporcionam para impulsionar resultados.
Usar métricas que não influenciam decisões
Outro erro comum é escolher indicadores “bonitos no papel”, mas sem utilidade prática. Exemplo: medir “número total de veículos na frota” sem relacionar isso ao custo de operação ou à produtividade. Um KPI só é relevante quando gera decisão ou mudança.
Bons indicadores sempre respondem a uma pergunta estratégica:
- Esse dado ajuda a reduzir custos?
- Melhora a disponibilidade ou a segurança?
- Apoia o planejamento de crescimento?
Se a resposta for “não”, o dado é apenas informação, não um KPI.
Não contextualizar indicadores
Esse é um dos erros mais perigosos: analisar KPIs sem contexto de operação. Por exemplo: uma frota com consumo médio de 8 km/l pode parecer ineficiente à primeira vista, mas, se atua em rotas urbanas com trânsito intenso e cargas pesadas, esse valor pode ser excelente.
Por isso, os indicadores precisam ser comparados com benchmarks adequados, considerando:
- Tipo de frota (leve, pesada, mista);
- Condições de operação (urbana, rodoviária, industrial);
- Perfil de uso (logístico, executivo, serviços).
Isso evita análises descontextualizadas ao trabalhar com segmentação inteligente de KPIs, que compara frotas semelhantes e ajusta as metas conforme a realidade de cada cliente.
Definir KPIs sem metas claras
Um KPI sem meta é apenas uma métrica. Por isso, é sempre importante estabelecer objetivos concretos e prazos definidos.
O correto é adotar metas no formato SMART:
- Specific (específica),
- Measurable (mensurável),
- Achievable (atingível),
- Relevant (relevante),
- Time-bound (temporal).
Exemplo:
- Meta vaga: “Reduzir consumo de combustível.”
- Meta SMART: “Reduzir consumo médio de combustível em 12% até dezembro, mantendo o índice de direção eficiente acima de 85%.”
Essa abordagem transforma indicadores em instrumentos de governança, não apenas acompanhamento.
Falta de responsáveis (accountability)
Talvez o erro mais crítico: ninguém é dono do indicador. Quando um KPI não tem um responsável direto, ele se dilui na rotina e deixa de gerar resultado.
Adotar a prática de “dono do indicador”, onde cada métrica-chave (como TCO, consumo ou disponibilidade) tem um gestor técnico responsável, garante que:
- Haja continuidade e rastreabilidade das ações;
- Os resultados não dependam apenas de relatórios;
- Cada colaborador entenda como seu desempenho impacta o KPI global.
Indicadores sem dono são dados esquecidos. Indicadores com dono viram compromissos de resultado.
Não relacionar KPIs
Por fim, um erro sutil, mas muito comum: tratar cada indicador como uma ilha, quando, na prática, os KPIs se relacionam.
Um aumento no consumo de combustível pode estar ligado à queda no índice de direção eficiente; uma redução na disponibilidade pode afetar o ROI; e um crescimento na quilometragem média pode elevar as emissões de CO₂. O segredo está em criar correlações entre indicadores, permitindo enxergar causas e efeitos de forma sistêmica.
KPIs na prática: o modelo Reche Frotas
A Reche Frotas combina tecnologia, telemetria e consultoria para criar um ecossistema de performance contínua.
Etapas do modelo:
Coleta automática dos dados em tempo real;
Análise preditiva e identificação de desvios;
Ações corretivas e treinamentos personalizados;
Acompanhamento dos KPIs e replanejamento trimestral.
Essa estrutura garante transparência total nos custos, eficiência operacional acima da média do mercado, além de sustentabilidade e conformidade ESG.
Na Reche Frotas, cada número conta uma história e cada história aponta um caminho de melhoria.
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