Imobilização de capital e depreciação: os custos ocultos da frota própria

Entenda por que manter uma frota própria de veículos pode travar caixa, reduzir margem e elevar riscos.

Durante décadas, possuir frota própria para empresa era sinônimo de controle e patrimônio. Mas, no cenário atual, competitivo, digital e orientado a resultados, ter veículos no ativo pode ser um freio silencioso.

 

A imobilização de capital e a depreciação contábil transformam a frota em um peso financeiro. Enquanto o caixa fica preso em ativos que perdem valor, a empresa arca com custos de manutenção, impostos, seguros e paradas operacionais que comprometem sua rentabilidade. 

 

Este conteúdo vai desvendar o verdadeiro custo de manter frota própria e mostrar como a Reche Gestão de Frotas ajuda empresas a liberar capital, aumentar eficiência e enxergar a mobilidade como um ativo estratégico, não um passivo no balanço.

O que é imobilização de capital em frotas de veículos

Em contabilidade e economia, a imobilização de capital é o ato de travar recursos financeiros em ativos fixos, sem gerar liquidez imediata. No contexto de frotas, isso significa que, quando uma empresa adquire veículos, está convertendo liquidez (dinheiro disponível) em bens de uso, que não geram retorno financeiro direto. 

Esses veículos passam a representar dinheiro parado, sujeito à depreciação, custo de manutenção e perda de valor de mercado. Ou seja: quanto maior o volume de ativos, menor a flexibilidade financeira e a capacidade de investimento em áreas estratégicas, como tecnologia, expansão ou pessoas.  

Como funciona a depreciação de veículos no balanço

A depreciação é o registro contábil da perda de valor de um ativo ao longo do tempo. Veículos corporativos tem vida útil de 5 anos e depreciam a uma taxa média de 20% ao ano, segundo a Receita Federal. Isso significa que, em 5 anos, um carro adquirido a R$ 100 mil valerá R$ 0 no balanço, ainda que seu valor de mercado seja R$ 50 mil.

A depreciação é inevitável. Ela corrói o patrimônio e, mesmo que reduza o lucro tributável, não melhora o fluxo de caixa. Na prática, o veículo continua gerando custos, mas não agrega valor contábil. 

Assim, a frota própria cria uma distorção: os custos permanecem, enquanto o ativo desaparece do balanço.

Efeito no fluxo de caixa: CAPEX alto, OPEX subestimado

A compra de veículos é um investimento de capital (CAPEX): um desembolso grande e imediato, que impacta o caixa e eleva o ativo imobilizado. O problema é que esse investimento é pouco líquido, ou seja: não se converte facilmente em dinheiro. 

Na terceirização de frota, ocorre justamente o contrário, com o custo sendo registrado como despesa operacional (OPEX). E isso traz três vantagens:

Mantém o caixa livre para investimento no core business

Melhora os indicadores de liquidez

Aumenta a previsibilidade do orçamento

Enquanto o CAPEX “trava” o dinheiro, o OPEX mantém circulando, gerando valor.

Custos ocultos da frota própria

Muitas empresas calculam o custo da frota olhando apenas o preço de compra dos veículos. Mas esse é apenas o primeiro degrau de uma escada de despesas contínuas. 

Existem custos ocultos que, somados, podem representar até 25% do gasto total anual da frota. Entenda o impacto de cada um deles: 

Licenciamento e IPVA

Obrigatórios e recorrentes, afetam o caixa no início de cada ano fiscal. Quando a frota é grande, representam dezenas de milhares de reais pagos de uma só vez.

Seguros

Somam apólices individuais com prêmios altos, já que a empresa assume integralmente o risco. A cada sinistro, há aumento do custo na renovação. 

Manutenção não programada

Falhas inesperadas imobilizam veículos e exigem consertos caros. Sem telemetria, é impossível prever e agir de maneira preditiva.

Multas e infrações

Impactam diretamente o custo administrativo, pois exigem acompanhamento e pagamento rápido para evitar maiores problemas.

Pneus

A troca o e desgaste acelerado variam conforme o estilo de condução. Sem controle, há desperdício desse insumo, o que gera custos.

Tempo ocioso

Veículos parados significam funcionários improdutivos e entregas atrasadas. Ou seja, perda de receita.

Esses custos se somam silenciosamente. E quando somados à depreciação e ao capital parado, transformam a frota em um centro de despesa de alto impacto.

Comparativo: frota própria vs. frota terceirizada

Antes de decidir entre frota própria e terceirizada para a sua empresa, é fundamental compreender o impacto estratégico dessa escolha. Não se trata apenas de uma questão contábil, mas de gestão de liquidez, risco e foco de negócio. 

Uma frota própria exige investimento inicial, equipe interna para administrar, infraestrutura para manutenção e acompanhamento constante. Já uma frota terceirizada transfere essas responsabilidades para especialistas, que operam com escala, tecnologia e previsibilidade. Em outras palavras, a frota própria é um ativo físico; a frota terceirizada é um ativo estratégico, porque gera eficiência e permite que a empresa concentre esforços em seu core business. 

Aspecto

Tipo de gasto

Impacto contábil

Depreciação

Renovação

Risco operacional

Previsibilidade

Impacto nos indicadores contábeis

A imobilização de frota impacta diretamente o desempenho financeiro e a atratividade da empresa no mercado. Ela reduz indicadores como:

ROA

quanto mais ativos fixos, menor o retorno sobre o ativo total.

EBITDA

a depreciação diminui o lucro operacional.

ROIC

o capital investido em veículos rende menos do que em atividades produtivas.

Empresas que substituem CAPEX por OPEX melhoram o EBITDA, mantêm fluxo de caixa saudável e ganham flexibilidade para novas oportunidades.

Tributação e efeitos da depreciação acelerada

Na contabilidade de empresas com frota de veículos própria, a depreciação acelerada é uma prática comum usada para reduzir o lucro tributável em períodos iniciais. Na teoria, ela antecipa a dedução fiscal da depreciação; na prática, é apenas um alívio momentâneo, que não resolve o problema estrutural do capital imobilizado. 

 

Quando a empresa adota esse método, ela reconhece uma despesa maior nos primeiros anos, o que diminui o imposto a pagar naquele período. Mas, ao longo do tempo, essa vantagem desaparece, e o ativo continua gerando custos fixos sem gerar retorno proporcional. 

 

Além disso:

A empresa também precisa lidar com complexidade contábil e riscos de reavaliação pela Receita Federal.

Como o ativo permanece no balanço, há impacto negativo no patrimônio líquido ajustado e nos índices de liquidez.

Na venda do ativo, pode haver ganho de capital tributável, caso o valor de venda seja maior que o valor contábil residual.

 no modelo de gestão terceirizada, não há depreciação, nem necessidade de controle contábil de bens móveis. Tudo é lançado como despesa operacional dedutível. Isso simplifica o compliance e melhora a eficiência tributária.

Desvalorização e liquidez

A desvalorização de um veículo de frota própria é o grande “inimigo invisível”. Para entender o seu impacto prático, confira a tabela comparativa abaixo para um veículo no valor de R$ 100 mil:

Ano de uso

1° ano

2° ano

3° ano

4° ano

5° ano

*Fonte: FIPE, média 2024. 

Além da perda de valor contábil, há um desafio de liquidez: veículos corporativos para frota têm uso intenso e histórico operacional registrado, o que dificulta a revenda e reduz o preço final. Com o passar do tempo, o ativo deixa de representar patrimônio e passa a ser um problema financeiro porque, ao mesmo tempo em que perde valor, continua gerando custos. 

No modelo de gestão da Reche Frotas, esse risco desaparece. A desvalorização é absorvida pela empresa gestora, e o cliente tem garantia de renovação da frota, mantendo sempre veículos novos e atualizados sem se preocupar com revenda, liquidez ou preço de mercado. 

Riscos operacionais: indisponibilidade e volatilidade de custos

Manter uma frota própria de carros é também lidar com uma série de riscos operacionais e variáveis incontroláveis que impactam diretamente no custo e na previsibilidade da operação.

1. Indisponibilidade de veículos

Cada vez que um veículo fica parado por manutenção ou acidente, há perda de produtividade.

Se um automóvel que gera receita diária de R$ 500 fica parado por 10 dias, o custo indireto é de R$ 5.000, sem contar o conserto. Com gestão especializada, substituições são imediatas, através de um carro reserva, e a operação não para. 

2. Volatilidade de preços

Combustível, peças e seguros variam constantemente.

Empresas sem gestão centralizada sofrem com oscilações de 20% a 30% em custos anuais como esses. Na terceirização, os contratos protegem contra essa volatilidade, oferecendo valores fixos e previsíveis.

3. Falhas mecânicas e acidentes

Frotas próprias geralmente dependem de manutenção corretiva, ou seja, reparo somente quando o problema aparece.

Já a gestão profissional adota manutenção preditiva e preventiva, reduzindo paradas não programadas e prolongando a vida útil dos veículos. 

4. Burocracia e compliance

Licenciamento, documentação, seguros e multas consomem tempo administrativo. Com a Reche Gestão de Frotas, tudo é automatizado, auditável e integrado, eliminando o risco de autuações ou atrasos.

Gestão de ativos e liberação de capital

Um dos pilares mais estratégicos da gestão moderna é a alocação inteligente de capital. 

Manter uma frota própria significa prender dinheiro em ativos de baixo retorno, enquanto outras áreas — como expansão, inovação ou marketing — poderiam estar gerando crescimento. Empresas que migram para o modelo de gestão terceirizada transformam esse cenário:

Eliminam o CAPEX, convertendo veículos em serviços mensais de uso;

Liberam capital de giro, fortalecendo o fluxo de caixa;

Aumentam a capacidade de investimento em projetos estratégicos;

Cada veículo deixado de comprar é um investimento liberado para inovar;

Cada real economizado em manutenção é um real investido em crescimento.

 

Na prática, a terceirização da frota se traduz em mais liquidez, menos passivo e maior foco operacional.

A Reche Frotas ajuda empresas a realocar esse capital com visão de futuro — fazendo o dinheiro trabalhar a favor do negócio, não parado na garagem. 

Conclusão

Telemetria é um recurso-chave da gestão de frotas: reduz custos, amplia segurança, melhora ESG e cria previsibilidade. Quando integrada à gestão especializada end-to-end, como faz a Reche, o dado vira estratégia, a estratégia vira processo e o processo vira resultado, que sustenta o crescimento acelerado com eficiência e controle. 

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